quarta-feira, outubro 6

Disseste-me ao ouvido...


Mundo imaginário, meu velho amigo. Tornaste-me numa criança feliz quando apareceste com um lápis e uma borracha no momento em que fechei os olhos pela primeira vez. Deixei-te entrar, desenhando as primeiras paredes, as primeiras sementes que dariam árvores com o passar dos anos. Eu preciso tanto de ti. Todos os dias me lembro de ti. Todos os dias em que fecho os olhos para sonhar, imaginar ou escrever sobre qualquer coisa.

Disseste-me ao ouvido que poderia ser tudo o que quisesse. Por isso, escolhi ser rei. Pude assim construir o meu castelo, pedra por pedra. Suor a suor, trabalhando arduamente até atingir a meta que tinha estipulada no meu imaginário. Qualquer casa, castelo de grandes fortificações, não se comparam com o que construí. Os sonhos são perfeitos, tiram-me o medo, os soluços, os choros, os gaguejares. Mesmo assim não consegui fazer tudo isto sozinho. Não o conseguiria sem ti, sem a tua grande maneira de me ensinares, de não negares em ensinar-me como se fazia isto ou aquilo.

Qualquer dia, sou eu que te irei ajudar a construir um castelo, Pai! Prometo.

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