terça-feira, setembro 28

Ouço os grilos...


Ouço os grilos cantarem lá fora. Estou sentado nos degraus da varanda com o meu portátil a ler os blogues dos outros rapazes e raparigas que gostam de escrever, assim como eu. Observo as nuvens pálidas a velejar pelos ventos lá no topo do mundo. Suspiro, apercebendo-me que o mundo mudou, e os livros passaram a ser intocáveis. O gosto e o cheiro de cada folha, o comprar de livros é apenas para colocar na minha estante para enfeitar (Muitas vezes sem dúvida que é isso que acontece a tantos livros que compro) Hoje vou decidir pegar num livro, acolhe-lo nos meus joelhos e acarinha-lo com os meus dedos e dedicar-lhe enormes pousares de cabeça (como se tivesse) na palma das minhas mãos. Fazer as suas bochechas ficarem avermelhadas. Sonhar com o que tem dentro de si. E quando ao fechá-lo, desejar que lhe volte a tocar e segura-lo contra o peito.

Sinto a dor que o livro tem. Não são as letras que estão escritas nas suas folhas. Basta um olhar rápido pela secção dos livros cá de casa, para me aperceber de que já mais, irei ler todos os livros como antes pensava.

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