terça-feira, junho 30

Quando os olhos perdem o brilho!?

vitamin by *prismes

Eu volto a olhar, para o topo da montanha. Na tentativa de avistar outro alguém como eu que já lá esteve. As noites que passo em branco a olhar para o céu estrelado daquelas noites de verão onde o vento refresca os poros do meu corpo. Acordo com o corpo a pedir por mais ar. Uma aflição que me envolve. Preocupo-me demasiado com a montanha que ainda permanece sem ninguém. Pergunto-me constantemente quando é que vai voltar a ser envolvida por alguém.

Não acredito nas palavras que dizes. Linha a linha fazes-me querer desaparecer.

Eu conheço o cheiro, do suor que há em mim. O medo que me rodeia. Como todas as pessoas que me tocam, as suas mãos retraem-se, afastando os seus corpos de mim. Um contágio sem saber, que um dia irei perder. Falei com a chance. Sangro das mãos, talvez as tenha queimado quando segurava uma estrela. Ela não pára de sorrir. Tem as luzes viradas para ela, nem se importa com o calor que lhe é direccionado. Corre, corre sempre. E fala sempre a verdade. Este silencio, até tu o podes fazer, que te puxa para o chão que te tenta esmagar.

Eu.... Acho que quando te vir..... Desmaio ou coisa do género.
Não desmaias nada. Ficas é toda corada e sem fala. O coração bate, e bate, e tu bem lá dentro tentas para-lo. E atrapalhada-mente beijas-me as faces rosadas provocadas da mesma reacção.

Talvez as coisas peguem na tua casa, e a mantenham em silencio, mas primeiro tenho de ver se não é demasiado silencio para uma pessoa como tu, que gosta de ter as portas bem abertas, com o barulho em cada coisa. Até eu encontrar borboletas, eu vou-me sentir aborrecido. Não te sintas culpada/o por coisas que já passaram. O mistérios nos teus olhos fazem o brilho dos mesmos reluzir através de mim, o pasmado ser dentro que se oculta cá dentro. O ultimo suspiro, cegou-te. Os verdes da infância que se começa a perder, sugam-nos o ar como uma chapada de um pai, perante uma má actuação.

Sou uma ilusão. E ela ainda pensa que eu sou giro. O meus silencio, vê para além do que consigo alcançar. As flores que me acalmam, são as mesmas que te dei quando te conheci pela primeira vez. Sozinha e triste, com um ar cansado e arrepiado. Eras tu, a menina que apadrinhara naquele dia para o resto de 60 e mais um punhado de outros tantos dias que me aproximavam cada vez mais de ti. Lá estavas tu. Sentada no topo da montanha. A vida tornou-se tão aborrecida quando sais-te desse topo. A primavera, aquela que te vinha esfriar e trazer novos ares, a mim fazia-me o contrário, mas lá vinhas tu com as tuas mãos frágeis e voz doce, dar-lhes a volta. Sinto a falta de alguém como tu.

As luzes estão ligadas. Rápido põem mais uma moeda, ou ficamos às escuras. haha fresca briza que passa por nós. As mãos suadas que escorregam e são ajeitadas de tempos a tempos. O calor do corpo que é libertado pelos beijos e toques de rosto com rosto. Seca sensação. Adormecer no teu colo. Sentir que me proteges, nem que seja por um dia. Sentir as tuas mãos a aconchegar-me os cabelos e a cara. É tão estranho pensar nisto e mesmo assim... saber tão em imaginar mas fico triste por saber que não há ninguém como a minha imaginação. Esta irrealidade que crio para me sentir preenchido em momentos de pura aflição de afecto.

E cada vez mais me engano à cerca de tudo, e de todos não sei nada. E quanto mais sei que me engano, mais vontade tenho de viver para descobrir com o que é que não me engano. E saber que amanha poderei ter o que sempre neste momento aguardo.

Quando será que os meus olhos irão perder o brilho que ostentam?

1 comentário:

  1. Olá. Adorei os textos e a forma como te expressas.Fiquei tua fã XP
    Vou continuar a visitar o teu blog.

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