sábado, maio 9

um olhar

É no teu olhar que tudo se encontra. É lá que procuro abrigo.
É dar-te amor, de uma forma tão meiga e doce, que te faz derreter o coração como um gelado apontado ao sol.

Só estás bem a fazer asneiras pá...
Deixa-me, estou bem!

O sorriso no canto da boca tímida que te dá forma ao rosto de uma personalidade firme e bem composta. Sacodes o nariz num acto desesperado de tirar algo que te deixa incompleta nesse exacto momento. Não vais a lado nenhum, nem te chegas a arredar das pessoas que vêm contra ti. Desesperas de tal forma que nem te preocupas com as pessoas. E eu ali, parado a contemplar a tua beleza que tresanda a desgosto turbulento. Isto era o pior que podia acontecer. Mas eu volto a acreditar de que o pior é perder-te. Paro. Olhas para mim, para o meu sorriso, para o brilho nos meus olhos. O mesmo brilho que te faz sentir quente e bem disposta e segura do teu nariz e umbigo. Que te faz despreocupar e que levanta em ti e em mim uma segurança e um sentimento que nos tira o folgo. Dá-me uma razão para ver. Faz o mundo parecer menos complicado. Fazes? Se significa tanto para ti faço-o com todo o gosto. E se esperares que eu chegue perto de ti, confia em mim de que vou fazer tudo durar durante tempos inacabáveis. Sem pestanejar um minuto que seja. Contemplar cada toque, cada sorriso. Admirar as gargalhadas que trazem aquela enorme dor de barriga.

O que irá acontecer quando o fio que nos liga, se partir?

4 comentários:

  1. Acabei de me reviver no teu texto. Tenho passado por momentos muito semelhantes e também me invade o medo que o fio que me liga a ele se parta. Aproveita enquanto é tempo...consome todos os momentos em que estiveres com ela.

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  2. Nem eu. No entanto, tenho momentos do género que descreveste. ^^

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