quinta-feira, maio 28

Irrealidade descontrolada

EXECUTION by *paRanOYiqzz

Bate palmas. Porque estás tão séria?
As minhas mãos estão a segurar-te bem. Não te preocupes.
O que é que me fizeste?
Conta-me que esta é a ultima vez que estou contigo.
Desculpa por não me rir.
Mostras a beleza sem significado, causando uma enorme falsidade.
Dás-me música, como eu te canto as notas para me matares.
O meu peito arde com as memórias do medo. E os teus pulsos cortados, mostram a aflição de me quereres segurar e apoiar nos momentos mais difíceis, e saberes que não estavas presente. O teu silencio magoava-me mais do que as tuas mentiras, mais do que as tuas fisgas nas costas. Mais do que tudo.
A nossa vida, mal começou. Perdi-te agora num para sempre infinito.
Não me desejes nada mais do que a felicidade exponencial e abstracta dos teus beijos e abraços que já não sinto.
Dou-te flores com o teu perfume preferido. Não me deixes sim? Onde estou eu quando mais precisas de mim? Como se posso ajudar meu anjo caído do céu.
Mata-me. E nada em todos estes dias corridos, mostram o destino do nosso coração. Mas mostra as feridas de cada um, os olhos que soltam lágrimas e as veias que se esvaziam com o tempo e o medo da não aceitação de imperfeição de cada um. Juro que não passei por ti sem querer. Via-te sempre de outra maneira, para lá da linha do horizonte. Conta-me, que tudo isto é o destino e não uma manha das nossas memórias. Eu digo que te adoro, o que quero realmente dizer é que és perfeita e que te amo com o coração bem colado ao corpo para o impedir de sair cá para fora e apedrejar qualquer pessoa.
Eu, sinto muito. Choro sangue. E em ti escorrem lágrimas de sangue tal como eu.
I need you around me.

Vê estas feridas dentro de mim. Não me peças desculpa. Não vou pedir nada.
Não fujas anda cá.

Um dia uma rapariga da qual eu amei muito. À qual conhecia muito pouco. Essa mesma pessoa que não me queria dizer nada sobre ela. Mostrou-me o amor iguista que existe dentro de cada um de nós.
Faz isso faz. Rasga todas as nossas fotografias, todas as minhas prendas, tudo o que eu te dei. As almofadas de amor, os brincos e os anéis que te ofereci em cada mês que passava de relação. deita fora todas as recordações que tens de mim. Todas as prendas de todos os teus anos.
Prendo-te contra o meu coração, para manter estes sonhos acordados.
Quero sussurrar ao teu ouvido que o teu amor é uma dúvida para mim.
O meu mundo está partido só espero que aguente até ao próximo choque.
Deixaste-me engasgado agora. Com um aperto no peito bem forte.
A luz que sai de ti, ilumina o que está à minha volta, e o que está à minha volta, é a tua felicidade. Não há sinais. A vida é demasiado preciosa para ser perdida para sempre.
Posso ser tudo e sei que sou tudo. A única coisa que não sou, é aquilo que deveria ser. Sei que dou tudo, mas também sei que posso tirar tudo.
A tua bonita voz, grita ao meu ouvido. Jurando que me ama a alma permanentemente rejeitada por si própria. O sangue do meu sonho chega para me fazer afogar nas lágrimas do meu próprio desejo. Queres saber o que é? Não quero começar nada. Não quero que te fique guardado na memória. Não te posso contar. Não me culpes, nem grites comigo por favor. Esquece o passado comigo. Pronto, pronto, faz o que bem entenderes.

As tuas palavras deixam marcas na minha alma, tal como a água faz marcas na areia da praia assim engolida.

Ainda espero encontrar-te, pessoa desconhecida do meu mundo prestes a desaparecer recentemente. E o amor continua a consumir a minha vida e todas as minhas forças. Mas eu tenho de ser forte e resistir à tentação de te querer. É mais forte do que eu, querer alguém como tu. Tu que insiste em permanecer e aparecer em todos os meus sonhos. Apareces com um vestido negro e cabelos compridos olhando completamente para baixo, com uma voz meiga e face tapada. A tua voz dispersa as minhas eternas memórias. Afogas-me o coração para não ter mais que sentir e pensar naquilo que me consome.

O tempo não cura, apenas aplica uma pequena camada de tranquilidade perante o que já passou.
O tempo não cura!

Sinto saudades do que não controlava. Querer viver um sonho com a esperança calejada nas mãos. Sinto a chuva a escorrer pelo corpo pousando levemente no chão.

Quem me dera... Quem me dera...

Se hoje vieres...
Quero saber...
Se é no coração que me sentes...
É de ti que eu gosto!!!
É de ti com quem eu quero ficar para sempre!!!

O profundo do meu ser, oculta sentimentos incompatíveis e indescritíveis.
Activa-me a memória de um ninguém que nunca existiu dentro de mim.
Cria cenários baseados em nada. Deixando-me sentir o que nunca vivi.
Faz-me acreditar de que aquilo que eu penso é um sentimento real.
Falando de outro modo. Sinto o que imagino e imagino o que sinto.
Tal como Fernando Pessoa dizia:

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.


O meu único e grande medo, é deixar para trás esta bela e maravilhosa mente.
Esta mente que me deixa orgulhoso de a ostentar com todas as minhas forças.
Esta mente que é minha, esta mente que criei no colo de tanta ternura e meiguice.
Afirmo e sublinho que, vivo dentro de mim e não há nada mais lindo para mim, do que a minha liberdade mental.
É medo de não poder continuar a tratar tão bem desta pequena coisa que nem chega a existir.
Incapaz de a gravar numa pedra, ou numa árvore.
Resta-me apenas chorar para a sentir nos meus ténues momentos de agonia e sufoco amoroso.
Quero escrever o mais possível. E que venha alguém que leve com ela/a parte deste meu pequeno mundo secreto que escondo de todos a tempo inteiro na esperança de que a ninguém a consiga tirar de mim.
Sou parte do que não consigo viver, por mais que tente.
Irei sempre imaginar aquilo que não consigo ter ou sentir.

Sou o meu próprio filho.
Sou o que nunca ninguém foi...
EU!!

1 comentário: