segunda-feira, março 9

I now close

Agora fecho as janelas que me mostram o exterior do teu inexistente concreto. Estas janelas que fazem a luz entrar num quarto escuro do meu interior. Fecho as portas da vida, que se torna sangue e alegria, que te penetra, que te invade pelas janelas do teu pequenito mundo. Acrescentando sempre um sorriso no final de ter entrado e ter partido os vidros das tuas portas. Depois de romper a tua mente com a felicidade insatisfeita da realidade que crias cá fora. Mesmo na rua.

Nunca te esqueças, disto. Digo-te a ti porque sei que o vais usar bem, ou melhor do que eu.
A vida é como uma poesia, umas vezes não rima, outras rimas, outras não faz sentido, mas no final acabamos a poesia com reticencias... Faz da tua poesia, ser viva e completa. :)

Tu tocas nas minhas asas, perguntas se são reais, perguntas como as consigo ter tão lindas. Olha para as tuas, tão sujas e gastas. Porque não cuidas bem das tuas? Relaxa. Respira fundo e vai passear um bocado, apanhar ar fresco. Não precisas de andar sempre com alguém atrás para te dizer que estás bem ou não. Escolhe as tuas opiniões, faz os teus caminhos. Pensa em ti. Pensa em ti sozinho e pensa em ti com os outros. Tens tanta coisa que não prestas atenção. Como olhar para cada gotícula de água que sai daquele bebedoiro. Aproveita para sorrir. Fazer as tuas coisas. Fazer-te feliz sozinho é dificil não é? Mas assim saberás o que é que te faz realmente mais feliz. Quando precisares escusas de procurar amigos. :) É dificil não é? Relaxa. A vida é assim. Só confusão e respirações ofegantes. Tem calma. Não vais perder nada porque nunca se consegue ter nada. Relaxa. Ouve o pássaros. Estão aqui para ti. Ouve-os, dá-lhes atenção. :) A vida é só um poema. Cria o teu poema, desfaz as rimas, perde-te no meio do mundo das palavras, escala montanhas para encontrar novas formas de fazeres o teu poema, inventa novas formas de rimar, ou seja o que for que queiras. Acrescenta virgulas e pontos de exclamação e de interrogação ao teu poema. Sente o teu poema, vive-o. O poema deixou de ser uma simples folha, um simples lápis e uma caneta ou um sentimento. Passou a ser algo mais importante que isso. O que farias se não te conhecesses? O que fazias se o teu corpo te desobedece-se?

É tudo tão perdido e confuso que quanto mais perguntas e respostas tens, mais vazio se torna. Já reparas-te?


Pele suave, rosto claro.

Sou o escritor metáfora

Eu sou poesia...

Pedro Mota (9-3-2009)

1 comentário:

  1. este texto está tão diferente de todos os outros. adorei!

    [um dia destes respondo ao teu desafio (: ]

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