quarta-feira, dezembro 17

O meu futuro

O meu Futuro.

Escrevi o presente.
Decidido a não voltar atrás.
Aprendi que não posso ser,
Não posso ser o que não sou.

Construo num passado
O meu próximo futuro.
Vivo a realidade que me prende
A este presente.

Motivado pelo amor perdido.
Deixei de lutar por luto,
Ao meu futuro culto.
Prendo-me ao colorido.

Arrependido era eu
Em almas da madrugada
Onde as nuvens cresciam
E a alma acordava.

Composto por sorrisos.
Todos eles feitos de magia,
Magia que não é bem magia
Cresce dentro como um segredo.
Onde o desespero não ousa entrar.

Vivi mais do que o sonho.
Onde o sonho era o próprio sonho em si.
Impossível de se morrer.
Impossível de se fazer esquecer.

Crescido e bem vestido.
Ó Pai e Mãe!
Sou o vosso filho!
Estou aqui despido.
Despido da alma que já foi vossa.

Um mundo só meu.
Aconteceu.
Recordei-me do que era teu.
Cheiro o que não me pertence.

Escondido dos olhares
Sou o príncipe que não existe.
Um esquecimento inexistente.
Um coração que bate no invisível.
Que se deixa apoderar pelo irresistível.

A criança que viste nascer
Agora é o que não vez.
Segue a vida que deixas-te
Para trás do nevoeiro.
Acariciado por alguém.
Alguém que não és Tu.
Alguém que tu já não vez.


Pedro Mota (18-12-2010)
Sou aquilo que acredito que não sou.


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