domingo, outubro 13

Lembro-me vagamente de ti.


Lembro-me vagamente de ti. Sei que perco um bocado de ti todos os dias, que por vezes me chego a esquecer da tua existência. Como eu adorava ser o rapaz que te segura ao colo, que te dá os mimos no meio da testa, que te beija sem que chegues a pedir, sem que estejas à espera. Não demorará muito até que as palavras que se formam na minha cabeça se soltem para o papel e se transformem num livro dedicado a ti. Dedicado à a lama que transportas no teu corpo e que me dá tantos motivos para sorrir e acordar cedo ao teu lado beijando-te lentamente os ombros a descoberto. 

Foste-te embora da minha vida, levaste contigo um pedaço de mim, um sorriso despreocupado, uma vida em conjunto com a minha. Deixaste-me desamparado durante todo o tempo em que estás longe de mim, longe da minha vida.

O teu tempo parece que acabou ou será que foi o meu e já ninguém me reconhece? Será antes isso? Será por isso que não te consigo encontrar novamente? Talvez o problema seja meu de ser assim tão ingénuo. Percorro caminhos que me deixam estupefacto com as gentes e as coisas brilhantes que neles existem, mas contudo, parece que já mais irei encontrar alguém como tu, como a rapariga dos meus sonhos, a rapariga simples e nem sempre perfeita, que gosta de rir, de passear, que puxa por mim, que acredita no meu talento, que me dá conforto quando me sinto mal e não lhe falo, ou simplesmente lhe mostro que não estou para conversar ou discutir.Uma rapariga que goste de ir ao cinema ou de ir até ao café no domingo de manhã.

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