sábado, dezembro 26

Toca numa nuvem...


Brilham no escuro, as lágrimas passando pelo meu rosto, pálido e tenso. Os olhos, virados pretos, estão de pupilas bem abertas, do canto escuro, bem longe da luz do sol. Presente deste corpo, coberto de uma escuridão que faz lacrimejar de tanto medo que causa por estar também parada. Vultos enormes, fazem companhia às almas perdidas. Encontrando o apontar de dedos, que me infligi, sem pensar de que me iria fazer perder. Estaria a abandonar os lugares. Tentei esquecer, tirar da minha cabeça, mas as memórias não se iam embora. Cada vez que tentava fazer desaparecer, era como se o mundo estivesse a cair nas minhas mãos, e todos os momentos estivessem a voltar ao passado, onde chorava pelas razões mais estúpidas. Quero voltar para um tempo em que era capaz de voltar a fazer tudo. Encontrar uma rapariga, que me ocupe este espaço. Mas estou agarrado por outro sentimento, maior talvez. A dor não vai embora.

Todas as noites, penso em como tu podes ser, distante de mim milhares de quilómetros. As minhas mãos, ficam frias. Não consigo pensar em mais ninguém se não tu. Tu que não conheço. Tentando encontrar-te cada vez que saio à rua. Adivinhando como serás. Quando te vir saber como és. Penso, penso que talvez não seja melhor pensar como és, e fazer disso uma surpresa. "Surpreende-me". Não tiro os olhos de ti. É tão estranho como o mundo pode mudar, quando acontece algo fora do normal. És uma liberdade, apesar de nunca ter estado preso se não a mim mesmo, e aos pensamentos de um passado que me tenta manter preso até que as lágrimas voltem ao de cimo, concretizando o seu desejo de me conseguir fazer chorar e ganhar prazer disso. Não te conheço, e já sinto a tua falta. Sinto-me fraco, a cair de joelhos, de mãos levadas ao peito. Ouvi as tuas palavras. Pareciam novas. Se bem que algumas antigas, complicadas de sonorizar, ou até de escrever correctamente. Palavras caras, sobre... Sobre algo que não se vê, nem se chegar a perceber de que se sente tal principio hormonal, nem um formigueiro na barriga, como se de borboletas tratassem.

Fecha os olhos. Vou-te levar às estrelas esta noite. Será o meu presente de natal. Passar para além das nuvens. Enquanto o sol trás o dia aos nossos lindos corações, que passaram a noite toda a apreciar as estrelas no céu. O teu toque trás à minha alma vida. Não sabia que poderia ter uma alma gémeo. Tão perfeita que me faz sentir completo. Cantar-te músicas que querias ouvir. Abre os olhos e vê como ainda estou ao teu lado.

Toca numa nuvem... Dou-te uma estrela.

4 comentários:

  1. +.+ Está tão romântico Pedro, que bem que esceves...

    Beijo e Boas Entradas x)

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  2. Concordo com a Michelle :D

    Está mesmo romantico. Tu quando queres consegues transcender-te *

    Beijocas^^

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  3. Oh Obrigada eu :')
    Acho q nao esta' nada demais... Até estive pra nem publicar estes desabafos que escrevi na ultima semana...

    Eu dou aqui uma corzinha aos teus textos. Acredita está mesmooo brilhante 8D

    Beijinhos Pedrocas :)

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