quarta-feira, dezembro 16

Diz-me o teu nome rapaz bonito...

Neste sitio onde Deus é um vampiro, onde o branco se veste de preto e o azul de encarnado, vou caminhando por terrenos feito por aventureiros, sem medo de arriscar, sem medo do que está mesmo ali na esquina da curva.

Os dias correm, percorrem, e morrem com as lágrimas no seu leito, esperando pelo dia que deixem de ser cinzentos. Está ali! Quem? Ela. Olha ali, olha para ela a sorrir para o céu cinzento que se faz lá em cima. De que sorri ela? Não sei, temos mesmo de saber? Não é bonita? Quem? Ela caramba. À... Sim é.
Consigo ouvir a sua voz doce e distante segredando coisas ao próprio céu. Põem as mãos no peito, fechando os olhos suspirando fundo. Tanto que faz num coração saltitando de alegria, enquanto se aconchega com o que tem à sua frente. Tão bela e carinhosa. Não me parece perdida, parece-me bem de pés assentes nesta terra. Não sonha, não delirar coisas lindas como eu. Fixa os olhos num dia que virá depois do dia de amanha. Parece ser algo alegre, deve ser por isso que sorri. Olhou para mim. Ai não. Sorriu. Meus Deus está a vir na minha direcção. E agora que faço? Ai não... Será que estou bem vestido? E o hálito? É bom? Estou bem penteado? (Engulo em seco) Diz-me o teu nome rapaz bonito...

3 comentários:

  1. Estar sempre impressionavel e pronto a ser impressionavel com o pouco muito dela :)

    *

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  2. escreves sempre algo de novo Pedro :)
    está bonito.

    (porque é que em vez de um arco íris não preferes um cristal?
    os arco iris só aparecem quando chove e no fim de tempestades.. um cristal, aparece, aprecia-se e guarda-se.)

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